quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Lady Gaga interpretará Donatella Versace em American Crime Story


Cantora viverá estilista em trama sobre assassinato de Gianni Versace. - Foto: Divulgação

Lady Gaga, que já participou de duas temporadas de 'American Crime Story', ganhando inclusive um Globo de Ouro por sua ótima atuação, foi escolhida para interpretar Donatella Versace na terceira temporada da série, que tratará do assassinato de Gianni Versace, irmão de Donatella e fundador da Casa de Moda em 1997. 
Estou ansiosa para assistir!
Fonte: Usefashion

Casa de Criadores: destaques do primeiro dia

A Casa de Criadores, que foi criada no ano de 97, é conhecida hoje como a principal porta de lançamento de estilistas da moda nacional. Entre os nomes que já passaram pelas passarelas do evento estão: Ronaldo Fraga, João Pimenta, Samuel Cirnansck e Juliana Jabour.

A atual edição começou na última segunda-feira (7) direcionada para a temporada inverno 2017.
Veja a seguir os destaques de cada uma:

Felipe Fanaia




O estilista Felipe Fanaia trouxe uma coleção voltada para o público masculino de visual descontraído, jovem e despojado, com peças em variações do clássico renovado e outra mais esportiva. Foram evidenciados elementos como recortes, contrastes de cor e amarrações. Nas superfícies, destaque para estampas, bordados e prints localizados, ressaltando as modelagens amplas e, muitas vezes, em uma proposta desconstruída.

Handred



Fundada em 2012 por André Namitala, Handred tem como foco a alfaiataria. Para a temporada, um conceito de leveza e até mesmo uma inspiração em balneários pôde ser percebida em peças como camisas, calças e casacos de modelagens soltas e materiais leves. Contando com uma cartela de cores suaves, a coleção trouxe calçados simplificados, como chinelos e sandálias de tiras largas.

Alex Kazuo



Em sua primeira apresentação na Casa de Criadores, Alex Kazuo trouxe uma mistura de orientalismo e sensualidade à passarela. Monocromática, o preto foi a base da coleção, presente em peças como calças cenoura, macacões e vestidos. A cintura marcada realçou a feminilidade das apostas, junto com elementos como transparências e bordados de inspiração botânica.

Också



Idealizada pelos gaúchos Igor Bastos e Deisi Witz, a Också apostou no conforto e na esportividade. As silhuetas amplificadas foram o grande destaque, pontuadas por cavas deslocadas e comprimentos alongados, principalmente em mangas. Fazendo uso da malharia circular, produtos como calças, parcas, casacos e T-shirts ganharam um viés despojado e casual, evidenciados muitas vezes pela falta de acabamento e recortes assimétricos.
Fotos: Agência Fotosite
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Analogia à escravidão: M.Officer é condenada

Nessa segunda-feira 7,  a marca M. Officer foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar multa de R$ 6 milhões por submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão. A decisão, em primeira instância, foi publicada no 21 de outubro. Ainda cabe recurso.

Visual da coleção M. Officer, primavera 2017 - Foto: Divulgação

A M5 indústria e comércio (razão social da marca) terá de pagar R$ 4 milhões por danos morais coletivos e mais R$ 2 milhões por dumpingsocial – quando uma empresa se beneficia de baixos custos resultantes da precarização do trabalho com a intenção de praticar concorrência desleal, segundo decisão da juíza do Trabalho Adriana Prado Lima.

“O resultado da ação abre um precedente importante e fortalece a luta pela erradicação do trabalho escravo. Este é o primeiro caso julgado procedente desde a promulgação da Lei 14.946/2013, que pune empresas paulistas que utilizarem trabalho análogo à escravidão em seu processo produtivo com a cassação da inscrição no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços [ICMS]”, disse o procurador Rodrigo Castilho.

O MPT argumentou na ação que peças da M. Officer eram produzidas por trabalhadores em jornadas exaustivas, em ambiente degradante, com risco à saúde, à segurança e à vida. Segundo o órgão, esse tipo de exploração é um “modelo consagrado de produção da ré, como forma de diminuição de custos, através da exploração dos trabalhadores em condições de vulnerabilidade econômica e social”.

“Em um desses locais, constatou-se que os trabalhadores ganhavam de R$ 3 a R$ 6 por peça produzida e cumpriam jornadas médias de 14 horas. Seis bolivianos foram resgatados do local. Eles pouco falavam português e viviam com suas famílias no mesmo local de trabalho, costurando em máquinas próximas a fiação exposta, botijões de gás e pilhas de roupas”, destaca o MPT.

Segundo o órgão, o modelo de produção da M5 corresponde ao sweating system (sistema do suor), comum na indústria da moda. “Ele se baseia na extensão irregular e subterrânea da planta industrial, com vistas a manter trabalhadores, que são vítimas de tráfico de seres humanos, num mesmo espaço de trabalho e moradia, laborando por quase nada, em jornadas extremas e condições subumanas”, diz o MPT na ação.

Procurada, a M5 não se manifestou até o fechamento da matéria na Fashion Network, dia 8/11/16.
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