segunda-feira, 30 de maio de 2016

Moda sustentável - C&A e Nacional Geographic no universo do algodão


Em tempos em que ser sustentável não é mais um luxo, mas sim uma obrigação, dentro do mundo da moda surge o documentário 'For the Love of Fashion', realização oriunda da parceria entre o National Geographic e C&A, que tem sua estreia programada para o próximo dia 25 de maio às 17h15 no National Geographic, com apresentação de Alexandra Cousteau, conhecida globalmente por seu trabalho sobre a água e as questões de sustentabilidade.

National Geographic e C&A – For the Love of Fashion - National Geographic e C&A

O documentário, com duração de 45 minutos, vai abordar o cultivo do algodão orgânico e o impacto nos produtos que chegam aos consumidores. A produção global também enfatiza a necessidade de uma mudança no paradigma da cadeia de produção da matéria-prima.

Alexandra viajou pela Índia, Estados Unidos e Alemanha e vai mostrar os resultados do emprego de métodos de produção mais sustentáveis. Dados apontam que 2,4% das terras de cultivo no mundo estão destinadas à plantação de algodão. No entanto, esse cultivo consome 24% do total de inseticidas e 11% dos pesticidas vendidos no mundo inteiro. O algodão orgânico tem consideráveis benefícios econômicos e ambientais, mas representa menos de 1% da colheita anual mundial.

Um dos lugares visitados por Alexandra são os campos de cultivo de algodão de Madhya Pradesh, na Índia, onde ela acompanhou a produção do algodão e conheceu agricultores locais, cuja vida melhorou notavelmente depois de terem alterado os métodos de produção, substituindo o cultivo tradicional por tecnologias mais sustentáveis.

A apresentadora também conversou com trabalhadores de organizações não governamentais e de outras entidades e com líderes da indústria na Alemanha e nos Estados Unidos. Além disso, entrevistou especialistas em sustentabilidade da C&A, uma das maiores compradoras da matéria-prima no mundo, para entender por que há a necessidade de migrar para o cultivo orgânico e para movimentos de nível internacional.

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CuteCircuit cria camisetas para deficientes auditivos

A tecnologia vestível aplica à moda está criando um novo tipo de relação com nossas roupas, não baseada somente na boa aparência, mas ainda nas novas funções que terão. A marca inglesa de moda tecnológica CuteCircuit prova isso com uma inovadora camiseta que pode ajudar as pessoas surdas a sentirem a música que não podem ouvir.



A Sound Shirt é a evolução de um conceito criado pela CuteCircuit, chamado de Hug Shirt, do qual a marca produziu cerca de 100 protótipos ao longo da última década. A orquestra alemã Jungen Symphoniker de Hamburgo comprou algumas peças para comprovar sua eficácia.

A Sound Shirt está ligada a um sistema de computador que capta o áudio de microfones colocados em vários pontos entorno da orquestra. A roupa é preenchida com vários atuadores, pequenos motores que vibram em relação à intensidade da música a ser tocada, em tempo real.

"Mapeamos intuitivamente como pensamos que a música seria sentida pelo corpo”, disse o CEO Ryan Genz da CuteCircuit. "As notas mais graves e mais profundas ativam os atuadores nas partes inferiores do tronco, e as notas mais leves, como por exemplo, o violino, ficam acima no corpo, entorno da área do pescoço e da clavícula. Quando os utilizadores estão assistindo à orquestra, eles podem ver que certas áreas estão mais ativas do que outras e sentem as ondas sonoras em áreas específicas do corpo. Dentro de alguns minutos, eles entendem que existe uma correlação". 

Essa é só uma das maravilhas que as roupas inteligentes poderão fazer, até mesmo para a inclusão social.

A Hug Shirt pode ainda se conectar ao smartphone para que as pessoas possam remotamente "se abraçarem", com sensores e atuadores lendo e recriando a força de toque, o calor da pele e os batimentos cardíacos. No entanto, a CuteCircuit acredita que a Hug Shirt poderia ser usada não apenas para o envio de abraços, mas como um artigo de telecomunicações.

Os protótipos anteriores foram, em sua maioria, adquiridos por laboratórios de pesquisa e empresas de telecomunicações, e agora outras orquestras pelo mundo estão fazendo fila seguindo os passos da Jungen Symphoniker e comprando algumas Sound Shirts. A fusão da alta tecnologia com as roupas está ganhando a cada dia novas funções e isso abrirá um novo nicho para a indústria da moda.


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domingo, 29 de maio de 2016

Desfile Louis Vuitton Cruise 2017 - no MAC - Niterói


 A exuberância tropical e tecnologia formaram uma união perfeita, escolhida pelo diretor artístico Nicolas Ghesquière, que apresentou nesse sábado a espetacular coleção Cruise Louis Vuitton 2017, no MAC (Museu de Arte Contemporânea) em Niterói - Rio de Janeiro. 

Que felicidade foi poder ver um desfile internacional acontecer bem aqui, na minha cidade NITERÓI! 
A estrutura do Mac é realmente deslumbrante, em forma de disco voador reflete no meio da Baía de Guanabara, com uma rampa imponente, vermelha, fez o museu parecer um cenário próprio para uma passarela da moda - inclusive, surgiu comentários que esse era um desejo que o arquiteto Oscar Niemeyer já havia expressado a Michael Burke, CEO da marca francesa.





Estava programado para começar às 16:30h, porém, por volta das 16:30h já tinha acabado o desfile para melhor aproveitamento da luz de fim de tarde no Rio.
Foi em novembro que Nicolas Ghesquière decidiu desfilar aqui no MAC. Esta nova coleção é no entanto a primeira a absorver formas da cultura local. Muitos looks eram futuristas, com inspiração nas curvas de Niemeyer. 
"Lá, no Rio, uma explosão de natureza e arquitetura, e com uma mistura de elementos faz com que esta cidade única. Eu queria que meu trabalho exalasse esse mesmo ar exótico ", diz o designer. 
Uma série de cinco vestidos com cores vibrantes numa cara de arte de rua, onipresente no Rio abrem o show. Parkas e casacos sem mangas em nylon equipados com vários bolsos, ainda evocam as linhas e formas abstratas da arquitetura. Eles também se referem ao mundo único de Helio Oiticica, artistas neo-concretos que criaram roupas leves montagem de tenda de lona ou de pára-quedas. Nicolas Ghesquière também jogou com uma cópia floral de Aldemir Martins, manchado em uma retrospectiva de artistas brasileiros da década de 1960, organizado pela empresa francesa Rhodia para promover fibras sintéticas.

"O que é mais interessante na moda hoje em dia é como o luxo e sofisticação se misturam com temas esportivos. Isto é o que define o nosso tempo, na minha opinião ", argumentou o diretor artístico, onze semanas antes da abertura dos Jogos Olímpicos Rio. 
















































































































































































A grife de luxo deu uma "contribuição" financeira, o que ajudou a acelerar as reformas do museu. Nenhum valor foi divulgado, mas de acordo com a imprensa do Rio, as autoridades da cidade têm estimado um orçamento de 1,5 milhões de reais, ou 375.000 euros.




Louis Vuitton convidou inúmeros jornalistas brasileiros e muitos VIPs de todo o mundo para o evento. Aficionados pela marca, que gastam até € 1,5 milhões por ano. Também puderam assistir de perto esse glamour, grandes nomes internacionais como Alicia Vikander (rosto da marca), Catherine Deneuve, Jaden Smith e celebridades nacionais como Cléo Pires, Sabrina Sato, Sophie Charlotte, Daniel Oliveira, Hugo Gloss...
Num país abalado por escândalos políticos, onde protestos diários ocorrem em Copacabana, alternadamente a favor e contra Dilma Rousseff. "Eu não acho que os clientes, que nos seguiram viria ao Rio por conta própria, mas, como convidados, eles terão o prazer de viajar com a gente para descobrir Niterói e criação de Oscar Niemeyer ", diz o CEO da marca, Michael Burke, citando também a cidade portuária industrial localizada na cidade do Rio, no outro lado da Baía de Guanabara.

Foto divulgação Madame Le Figaro

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Mais elasticidade e largura nos lançamentos da Santanense para o Inverno 2017


A coleção coleção da Santanense do inverno 2017 veio repleta de novidades que se adequam a todos os estilos. Uma delas é a linha 'Extreme Power', que mistura alta elasticidade e a recuperação do fio com um novo diferencial que colabora para o maior aproveitamento do tecido na hora do corte: larguras maiores girando em torno de 1,40 a 1,53m.

"São produtos de alta elasticidade com valor mais acessível. Buscamos saber qual a largura ideal para trabalhar esses tecidos, principalmente os que ganham power stretch", afirma Eleonora França, gerente de marketing da marca.
 

Santanense - Inverno 2017 - Foto:Divulgação
"O Inverno 2017 Santanense foi desenvolvido para reforçar um conceito mais intimista, porém extremamente caloroso, como o momento e a estação pedem. A ambientação que estamos propondo para esta coleção nos leva a pensar sobre o mais original, sobre valores que buscam ares de modernidade sem deixar a autenticidade, ou melhor, sem perder a identidade", diz Eleonora.

Entre os lançamentos estão o Solaris Extreme Power com 9,5oz, um cetim com recuperação acima de 90%, o Titania Extreme Power, com 9oz, sarja 3X1 e power de 90%, com aspecto mais rústico, ideal para o segmento masculino, e o Polaris Extreme Power com 9oz na construção cetim.

Entre as sarjas colors elastizadas, surgem o Belize Extreme Power, com elasticidade acima de 50%, e o Fiji Flex, sarja 3x1 com aparência mais rústica, peso de 10oz e 30% de power... Este tecido é liberado nas versões TP e PP e pode ser usado em vários shapes super atuais do Street e Urbanwear, bermudas, calças, vestidos, shorts, jaquetas.

"O Fiji tem uma aparência robusta e segue a mesma proposta do que fazíamos com o white denim, agora para o colorido em tons reativos, com mais vivacidade nas cores e toque macio com aplicação de um silicone especial", comenta Eleonora.

A Troppo Denim foi ampliada com os artigos Lyra Extreme Power (9,5oz), com 4% de elastano, na sarja 3x1 mais densa e de aparência mais compacta e cor intensa, e o Áquila Extreme Power (10,5oz), também na sarja 3x1, de aparência mais rústica, com 2% de elastano e largura de 1,60m, ambos com power acima de 50%.

Santanense - Inverno 2017 - Foto: Divulgação

O Áquila, por ser mais pesado e encorpado, é ideal para esconder as imperfeições do corpo. Entre os colors, com tons mais vivos surgem os verdes puros, azulados ou militares, azuis diversos, tons de terra e de beges que se misturam com os alaranjados e marrons, ocres e mostardas que apoiam nos tons avermelhados mais quentes.

Para os estampados, a empresa renovou 100% das coleções Elastique Stampato e Urban Stampato com motivos super atuais e cores que acompanham as tendências para estação. São mais de 50 desenhos para serem usados em vários segmentos do infantil ao adulto.

Destaque para os processos de policromia, onde surgem diferentes tons, xadrezes com degradés, florais, desbotáveis com listras, xadrez, étnicos, cationizados, branco sobre branco com tingimento reativo com resina que absorve mais corante, onde a cor do fundo fica mais clara. A Santanense trabalha ainda com licenciados como Disney.


Fonte: FMAG

China faz substituição de humanos por robôs nas industrias têxteis


Enfim a China, que sempre foi "conhecida" por seu trabalho "escravo", resolve dar um fim ao título. As grandes fábricas têxteis pensam em substituir humanos por robôs. Quem diria?!

China vai substituir humanos por robôs para modernizar as fábricas têxteis.

De acordo com o aumento dos custos do trabalho, a concorrência estrangeira e o aumento da poluição, que está caindo sobre o setor têxtil da China, foi tomada essa decisão.

Países com mão de obra mais barata que a chinesa, como Índia, Vietnã, Bangladesh, Malásia, Paquistão e Indonésia, preocupa o governo chinês, que não quer perder o título de "fábrica do mundo".

Em 2013 a China tornou-se maior mercado per capita de robótica do mundo, no setor manufatureiro genérico, ultrapassando Japão e Coreia do Sul. Agora quer investir no setor do vestuário. A ideia é investir mais um tanto de bilhões de dólares para integrar robôs na produção industrial, em Gangdong.
Os robôs têm facilidade de manusear objetos sólidos, mas, quando se trata de manusear tecidos, a coisa complica bastante, por isso é necessário desenvolver novos tipos de máquinas.

As empresas chinesas começaram a realizar parte de suas produções no Vietnã, onde os salários são quase um terço menor do que na China. Mas a qualidade se perde e a falta de ética de explorar mão de obra mais barata de outro país é considerada antiética. Apesar do aumento da quantidade de robôs e da utilização de mão de obra mais barata em outros países asiáticos, a mão de obra humana na indústria têxtil da China não deve diminuir, de acordo com especialistas.

De acordo com a IDC, uma empresa de pesquisa de mercado da China, vai demorar cerca de cinco anos para o país treinar sua força de trabalho remanescente e colher uma nova geração de graduados universitários treinados.

"Vamos ver que haverá um grande número de trabalhadores pouco qualificados que perderão seus empregos", disse Yves Wang, gerente de pesquisa da IDC à rede Aljazeera. "Mas, a longo prazo, o impacto será positivo. Se olharmos para a Alemanha, por exemplo, onde a taxa de adoção robótica é muito alta, a taxa de emprego aumentou realmente. Nós acreditamos que a robótica vai criar vários novos postos de trabalho altamente qualificados para os trabalhadores chineses".  Segundo os especialistas, a indústria robótica da China terá o mais rápido crescimento no mundo ao longo dos próximos 30 anos.

A China corre para automatizar em larga escala suas tecelagens e fábricas de roupas, mas isso acaba criando um paradoxo, pois da mesma maneira que os chineses podem automatizar a produção de tecidos e roupas, outros países também podem.

Os avanços da robótica na indústria da moda vão possibilitar que as produções de roupas sejam feitas localmente e o trabalho escravo nas fábricas, a poluição e o desperdício poderão ser diminuídos em grande escala.

Só não sei como ficará a situação do desemprego...


Fonte: FMAG