segunda-feira, 16 de maio de 2016

Veste Rio encerrou sua edição com grandes debates


O evento Veste Rio, na Marina da Glória, se despediu - nesse sábado 14 - com incríveis palestras e debates de moda, com temas na mudança do calendário de moda e etc...
A Consultora de tendências Renata abranchs encerrou a última palestra da edição falando sobre a transformação da sociedade através de imagens e comportamento, concordando que a moda está em constante mudança. Convidados para o debate também levaram suas opiniões, formando um grande momento de reflexão para o público.
Tiago Petrik, Maria Canto, Renata Abranches, Ana Soares e Luiza Brasil (Foto: Roberto Filho)
Tiago Petrik, Maria Canto, Renata Abranches, Ana Soares e Luiza Brasil (Foto: Roberto Filho)
Tiago Petrik, fundador do site de streetstyle Rio Etc, enxerga o momento atual com certo pessimismo. “O que mais escuto dos clientes neste momento é que estão sem verba para comunicação, que tiveram seus orçamentos reduzidos.” Enquanto Luiza Brasil, por exemplo, é um exemplo de otimismo em relação às oportunidades de trabalho para os jornalistas.
Renata acredita que o maior desafio da moda será absorver as gerações Y e Z, que já nasceram num mundo hiper conectado. 
“Hoje temos o movimento do ‘see now, buy now’, onde queremos consumir imediatamente peças que acabaram de ser desfiladas. As marcas, no entanto, ainda precisam de um período de seis meses até conseguir colocar sua coleção nas lojas. No meio disso temos o “slow fashion”, que visa um consumo mais consciente e em menor escala. O desafio é aprender a navegar por estas diversas linguagens”, concluiu ela.
Além disso... houve palestra sobre empreendedorismo e lotou o auditório com estudantes e donos de marca que desejam desbravar este segmento com o mesmo sucesso.

Livia Breves, Dani Sabbag, Gabriela Garcia, Maitê Lacerda, Hugo Galindo e Bruna Seve Patko (Foto: Roberto Filho)
Livia Breves, Dani Sabbag, Gabriela Garcia, Maitê Lacerda, Hugo Galindo e Bruna Seve Patko (Foto: Roberto Filho)

A marca de acessórios Lokalwear teve sua falavra por Bruna Seve Patkó, que falou sobre o desafio de produzir suas coleções com responsabilidade social. Ela afirmou concentrar sua produção no Leste Europeu e no Pantanal brasileiro, tendo o cuidado de incluir e empregar a mão de obra do terceiro setor, como idosas e mães. Hugo Garlindo, da Zerzeres, teve a ideia de criar óculos de madeira junto a dois amigos de faculdade. Seu diferencial sempre esteve na história da matéria prima - cada uma de suas peças traz o nome da rua onde aquele pedaço de madeira foi encontrado. Ele confessa que hoje não pode se dedicar ao processo criativo integralmente, por conta de necessidades comerciais da marca que requerem sua atenção, mas não consegue passar por uma caçamba de entulho sem olhar duas vezes. “Olhar caçambas se tornou um vício.”
Todos os participantes concordaram que em tempos digitais, o começo de uma marca é bem diferente do que acontecia num passado recente, quando o primeiro contato com os consumidores era feito através das feiras. Agora, é possível criar uma identidade forte de marca valendo-se apenas das plataformas digitais.

“Hoje o que vale é a foto. Se um produto não vende através da foto, ele não vende em lugar nenhum” finalizou Dani Sabbag, da Wasabi, anunciando as regras dos novos tempos.

Divulgação Vogue

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