segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Os hits das coleções internacionais de menswear do Inverno 2017

















TENDÊNCIAS DO INVERNO 2017 MASCULINO INTERNACIONAL: ANN DEMEULEMEESTER (70S), RAF SIMONS (OVERSIZE), 
ÉTUDES STUDIO (MILITAR), GUCCI (PIJAMA), GIVENCHY (BOMBER JACKET) E KENZO (TRACKSUIT)
A moda masculina muda pouco, e de maneira bem mais lenta do que a feminina, diz o senso comum. As fontes de referência também são menores e passeiam basicamente entre alfaiataria, sportswear, militar, dandismo (vindo da alfaiataria), punk, rock. As mudanças acontecem aos poucos, mas acontecem. Vão misturando de maneira nova clássicas e nem tão clássicas inspirações, abrindo horizontes para uma gama mais democrática de estilos, propondo ainda a silhueta mais ajustada na alfaiataria, mas apostando também em silhuetas oversize e em detalhes decorativistas, tecidos vindos do guarda-roupa feminino, duas peças combinadas em conjuntos tipo pijama – esta última uma das propostas mais frescas das coleções do Inverno 2017 para o Hemisfério Norte.
Veja, a seguir, as principais tendências da temporada de menswear que acaba de ser desfilada em Milão, Londres, Paris e Nova York.
Big shapes
O super longo, o oversized e o ultravolumoso renderam as melhores peças da estação e parecem ser a melhor maneira – a mais fashion ao menos – de se manter quente no inverno. Casacos enormes de pele que ainda remetem a Game of Thrones ou até a pele gigante de Leonardo di Caprio no premiado “The Revenant”, comprimentos bem abaixo dos joelhos ou cardigans e pullovers com mangas e barras hiper longas fizeram um contraponto ao guarda-roupa masculine clássico.
Quem fez: Raf Simons, Coach, Dolce & Gabbana, Fendi, Rick Owens, JW Anderson, Études, Off White, Margiela, Fendi.
Militar
O militar vai além do camuflado e inspira-se também nos militares de alto escalão e seus longos casacos cheios de patentes e na Guerra ao terrorismo. Um dos momentos mais fortes desta tendência aparece no desfile da Moncler, que tem todos os seus looks feitos do mesmo camuflado de cinza, azul e vermelho, de forma que temos a sensação que estamos vendo a mesma peça o desfile inteiro. O militar também adquire ares mais cool e urbanos em parkas com hoodies e jaquetas esportivas.
Quem fez: Etudes, Dries Van Noten, Moncler Gamme Bleu, Thom Browne, Off White, Craig Green, Public School
Puffer jackets
Uma das peças mais vistas nas ruas em invernos rigorosos são as as puffer jackets, originalmente criadas nos anos 30 com o nome de The Skyliner para alpinistas conseguirem enfrentar as baixas temperaturas em expedições. Normalmente produzidas com penugens ou penas de ganso (isolantes térmicos), tem uma tecnologia que armazena o calor igualmente por toda a peça (por isso os gominhos). Hoje, elas são encontradas em qualquer loja de roupa, mas é na passarela onde viram statement coats e ganham novos ares. A Burberry fez uma que parecia de couro, a Calvin Klein apostou em um material metalizado e Raf Simons criou sua versão oversized.
Quem fez: Raf Simons, Calvin Klein, Burberry, Diesel Black Gold, Dior
Xadrez
É no inverno que o xadrez reina e desta vez não foi diferente. Nove de 10 marcas tiveram looks com alguma padronagem em xadrez, seja em tartan, príncipe de Gales ou buffalo check. Ele aparece em trench-coats, malhas, cashemere, jaquetas, ternos e camisas em cores e propostas diversas. Muito interessante ver como um ícone do vestuário masculine pode se desdobrar de formas tão interessantes e diferentes umas das outras.
Quem fez: Bottega Veneta, Valentino, Raf Simons, Prada, Fendi, Dior, Gucci, Burberry, Emporio Armani, Lou Dalton
Anos 70
A década que celebrou o paz e amor, mas também viu surgir glamourosos roqueiros rebeldes continua em alta. Lenços finos e esvoaçantes, calça flare e uma atitude que transita entre o hippie e o glam construíram uma interpretação moderna da década.
Quem fez: Gucci, Cavalli, Topman, Valentino, Ann Demeulemeester, Christian Dada
PijamaA lingerie usada como roupa, mais do que tendência, já virou moda no prêt-à-porter feminino. Os conjuntos tipo pijama, para mulheres, já apareceram em outras temporadas e ganharam o reforço da proposta do sleepwear urbano com os deliciosos slip dresses de seda desfilados na última semana de moda internacional, para o Verão 2016. Agora, chegou a vez dos homens usarem pijama na rua. Impulsionada pela nova guinada retrô de Alessandro Michele, que aposta em looks tipo conjunto, na estética comfort geek de luxo, tipo Excêntricos Tenenbaums, chegar ao pijama é um caminho curto. Em versões com tecidos sofisticados, incluindo a própria e clássica seda do sleepwear, estampas e cores bem escolhidas, a tendência exige personalidade mas tem tudo para pegar. Pense no conforto, na praticidade de não ter que pensar em combinação de calça e blusa: afinal, é um conjunto pronto. As interpretações dos robes também entram nesse pacote que inclui uma nova referência às tão poucas usadas pelo menswear (militar, alfaitaria e esporte, basicamente), em grifes como a própria Gucci, Kenzo, Fendi e Roberto Cavalli.
Tracksuit
Ele vem do esporte, já teve muitas releituras que o redimiu como look de senhores de idade prontos para fazer um jogging matinal. Basta lembrar da moda propagada pelo hip hop nos anos 80. Nessa temporada, porém, 0 tracksuit –  o agasalho esportivo com zíper usado para correr – ganha mais uma injeção de design de moda com peças que podem ser usadas até em festas, graças aos materiais nobres e à roupagem supercool dada por detalhes de design e estamparia. O modelo vermelho da Burberry é o melhor exemplo do tracksuit sofisticado. Já a Gucci aposta nos bordados e no veludo molhado numa proposta mais decorativista.
MetalizadosA mesma estratégia usada na moda feminina ganha força na masculina no próximo Inverno 2017 do Hemisfério Norte: usar o metalizado para injetar glamour em looks com pegada casual e/ou esportiva. Uma maneira simples e certeira de potencializar o guarda roupa com uma camiseta com mescla dourada, uma boa jaqueta prata tipo astronauta moderno ou uma calça metalizada para ser usada com uma camiseta bem básica e um tênis. Garantia de sucesso vista às vezes em looks totais (mas é só desmembrar) em marcas como Calvin Klein, Versace, Dsquared, Emporio Armani e JW Anderson. 
Bomber jackets
As jaquetas bomber são um clássico. Vindas da aviação, criadas no começo do século 20 para o exército da aeronáutica norte-americana, as flyng jackets, estufadas, geralmente com elástico na cintura e nos punhos, fechadas com zíper para não o vento frio não entrar e depois batizadas de bomber, voltam a ser peça-chave do guarda-roupa masculino nesta temporada. Elas fazem ótimo par com calças de alfaitaria ou mesmo usadas por cima de costumes, como na Givenchy, uma maneira muito atual de dar um ar despretensioso e rebelde à elegância da roupa social. Louis Vuitton, Diesel, Margiela e Burberry, entre outras muitas grifes fizeram suas versões da bomber, de maneira mais tradicional e bem-acabada ou com detalhes bordados e estampas.

FFW - Camila Yahn e Carolina Vasone


Destaques do desfile da Prada Inverno 2017

©Agência Fotosite
©AGÊNCIA FOTOSITE
1. Marinheiro só
O mood marinheiro da Prada, em conexão com o desfile masculino, com a estampa criada por Christophe Chemin
O MOOD MARINHEIRO DA PRADA, EM CONEXÃO COM O DESFILE MASCULINO, COM A ESTAMPA CRIADA POR CHRISTOPHE CHEMIN
Dando continuidade ao desfile masculino, a Prada aposta no mood marinheiro com os mesmos chapéus desfilados pelos homens em janeiro passado, na apresentação que já deu um tiragosto do que seria desfilado agora, com a entrada de algumas modelos com looks femininos. A conexão também aparece na estamparia, com parte dos prints assinados por Christophe Chemin tanto no masculino quanto no feminino. Embora o toque náutico seja marcante, ele surge como um detalhe numa coleção recheada de referências que vinham do fetiche de amarrações de corsets à austeridade militar (alemã? havia música cantada no idioma na trilha, aberta com PJ Harvey) com o glamour retrô decorativista e uma aura romântica perversa.
2. Brasileira na abertura
A brasileira Lorena Maraschi abre o desfile da Prada
A BRASILEIRA LORENA MARASCHI ABRE O DESFILE DA PRADA
Lorena Maraschi, da Way Model Management, abriu o desfile da Prada, seguida de outras conterrâneas que participaram do ótimo casting, como Isabela Ridolfi e Angélica Erthal.
3. Inspiração
A imagem postada pela Prada momentos antes do desfile, citando uma inspiração metafísica
A IMAGEM POSTADA PELA PRADA MOMENTOS ANTES DO DESFILE, CITANDO UMA INSPIRAÇÃO METAFÍSICA
“‘Premonição 4′ é uma viagem metafísica através de uma colagem onírica de paisagens que levam ao desfile da Prada para o Inverno 2016/17″, anunciou de maneira misteriosa a marca em seu instagram, citando a referência de Miuccia para criar a coleção.
4. Fetiche
O corset da Prada
O CORSET DA PRADA
O corset de algodão branco, fazendo clara referência à peça usada como roupa de baixo (menos como objeto de sedução), mas não menos fetichista, apareceu desamarrado na cintura, por cima da roupa e por baixo do cinto, e na amarração cruzada das botas de cano alto e mais curto.
5. Beleza
A beleza do desfile em Sasha Pivovarova
A BELEZA DO DESFILE EM SASHA PIVOVAROVA
A beleza assinada por Pat McGrath é limpa, com make nada e boca vermelha. A referência aos anos 20 vem no cabelo, com uma ótima releitura estranha e bonita da ondulação dos cabelos daquela época. Já a maquiagem parece remeter aos anos 40.
6. Styling
O styling decorativista de Rizzo
O STYLING DECORATIVISTA DE RIZZO
O styling precioso de Olivier Rizzo trazia tantas informações que provocava um efeito quase hipnotizante: muitas camadas em sobreposições de peças, texturas, tecidos e mesmo acessórios (mais de uma bolsa num look só) faziam com que as imagens fossem revelando diferentes informações sobre a coleção a cada nova olhada.
7. Bolsa-coleira
A bolsinha tipo coleira, pendurada no pescoço
A BOLSINHA TIPO COLEIRA, PENDURADA NO PESCOÇO
As minibolsinhas estruturadas vinham penduradas junto com outras bolsas maiores, fazendo as vezes de um porta-celular, e no momento mais curioso pendurada no pescoço, como um grande pingente de um colar com jeitão de coleira.  
8. Se now, buy now
Um dos dois modelos de bolsa vendidos logo após o desfile
UM DOS DOIS MODELOS DE BOLSA VENDIDOS LOGO APÓS O DESFILE
A Prada também entrou na onda da venda imediata de peças logo após o desfile e comercializará dois modelos de bolsas do próximo Inverno 2017 europeu no dia seguinte à apresentação (a partir de sexta, 26), nas lojas de Milão (Monte Napoleone e Galleria), Paris (Avenue Montaigne e Faubourg Saint-Honoré), Londres (Old Bond e Sloane) e NY (Brodway, Madison e 5th).
9. Sapatos
Bota com solado tratorado, uma das várias opções desfiladas pela Prada
BOTA COM SOLADO TRATORADO, UMA DAS VÁRIAS OPÇÕES DESFILADAS PELA PRADA
Oscilando entre fetichistas (botas com amarração de corset), pesados, com solado tratorado e delicados de verniz, foram muitos os sapatos apresentados na passarela, quase que para todos os gostos, numa só coleção.
10. Stella Tennant
A escocesa Stella Tennant, modelo de 45 anos, destaque do desfile
A ESCOCESA STELLA TENNANT, MODELO DE 45 ANOS, DESTAQUE DO DESFILE
Há algum tempo fora das passarelas, a modelo escocesa de 45 anos ressurgiu na Prada para incorporar a beleza da mulher forte e andrógina, numa coleção que mescla muitas referências masculinas e femininas.

AS TENDÊNCIAS VISTAS NOS DESFILES INTERNACIONAIS DE INVERNO 2016/ 17 (FFW)


Nova YorkLondresMilão e Paris apresentaram suas propostas para o Inverno 2016 de formas muito particulares ao longo de um intenso mês de desfiles. Enquanto uma atmosfera sombria dominou as passarelas nova-iorquinas, em uma possível referência ao momento incerto que o mundo e a própria semana de moda estão vivendo, Milão se mostrou mais otimista e apresentou uma de suas melhores temporadas em muito tempo – graças, entre outras coisas, à ótima estreia de Alessandro Michele na Gucci e a estranheza provocada por belezas e modelos fora dos padrões característicos do universo fashion.
Enquanto as marcas inglesas reafirmaram sua vocação para uma moda vibrante e livre, com grande variedade de temas e abordagem moderna dos clássicos, um clima de mais do mesmo foi observado em Paris. As roupas propriamente ditas foram, muitas vezes, ofuscadas por acontecimentos secundários. O cabelo novo de Kim Kardashian, por exemplo, gerou muito mais repercussão que o desfile da Lanvin, onde ela estreou o visual. Já o cenário da Chanel foi infinitamente mais comentado que os quase 100 looks assinados por Karl Lagerfeld. É claro que fila A e cenário fazem parte da magia de uma semana de moda, mas estaria a moda em si perdendo importância dentro de seu próprio universo? Vale a reflexão.
Coincidência ou não, certo clima de continuidade foi observado também entre as tendências da estação. Os 1970 seguem como a década favorita e franjas, estilo boho e peças-chave como macacões, túnicas e calças flare apareceram quase com a mesma força do Verão 2015. Mas, se na última temporada ela reinou praticamente absoluta, desta vez as demais décadas também ganharam espaço. Dos tubinhos sessentinha ao slip dress 90’s, o Inverno 2016 surgiu mais democrático em suas referências.
Amei!

Alexandre Herchcovitch desliga-se da direção criativa de sua marca.

Alexandre Herchcovitch ajusta a roupa na modelo Isis Bataglia ©Jackson Araujo
ALEXANDRE HERCHCOVITCH AJUSTA A ROUPA NA MODELO ISIS BATAGLIA ©JACKSON ARAUJO
Alexandre Herchcovitch deixa o cargo de diretor criativo da marca que fundou há 23 anos. Em 2014 ele celebrou 20 anos de carreira com uma coleção cápsula com peças representativas de sua história e em 2015 lançou o livro “1:1″, sobre sua trajetória de duas décadas na moda.
O estilista vendeu sua marca ao grupo Inbrands em 2008, mas continuou no direcionamento criativo. Seu contrato terminou no final de 2015 e não foi renovado.
Herchcovitch enviou um comunicado à imprensa, que pode ser lido abaixo:
“Comunico meu desligamento da marca Herchcovitch;Alexandre após 23 anos à frente dela como diretor criativo. Agradeço a todos que fizeram e fazem parte da minha história”.

As 10 estrelas mais bem-vestidas do Oscar 2016


Brie Larson, de Gucci, no tapete vermelho do Oscar 2016 ©Reprodução
BRIE LARSON, DE GUCCI, NO TAPETE VERMELHO DO OSCAR 2016 ©REPRODUÇÃO

Se houve um vencedor no tapete vermelho do Oscar 2016, ele foi Giorgio Armani. Responsável por três dos dez vestidos mais bonitos do evento deste ano, dois deles grandes estrelas da noite – o verde claro de Cate Blanchett e o azul arroxeado de Naomi Watts -, Armani saiu-se vitorioso pela elegância clássica e glamourosa com o frescor de uma releitura atual numa noite em que os grandes protagonistas foram os decotes profundos, usados por celebridades de diferentes estilos (Charlize Theron, Lady Gaga e Olivia Wilde, só para citar algumas) e os looks que não chegavam a fazer ninguém perder o fôlego.
Veja as 10 mulheres mais bem-vestidas da noite, na eleição do FFW.
Cate Blanchett, de Armani Privé
Cate Blanchett, de Armani Privé
CATE BLANCHETT, DE ARMANI PRIVÉ
Veterana dos tapetes vermelhos, Cate Blanchett há anos dá banho de elegância e beleza em atrizes contemporâneas a ela e em novas estrelas de Hollywood. A atriz – e sua stylist, Elizabeth Stwart – sabe explorar bem os tons claros que imprimem frescor aos looks de festa, como o rosa bebê do Givenchy usado no Globo de Ouro e agora o verde clarinho Armani Privé desta edição do Oscar. O glamour etéreo de conto de fadas é garantido com as flores bordadas, criando textura no vestido e o deixando mais complexo. Para quem é branca como Cate e acha que os tons clarinhos dão um visual “apagado”, as produções da atriz são prova de que podem imprimir leveza, complementados com um make iluminado e corado nas maças do rosto. As joias grandes e poderosas como os brincos e o bracelete Tiffany garantem o luxo extra essencial para um look de tapete vermelho de Oscar.
Naomi Watts, de Armani Privé
Naomi Watts, de Armani Privé
NAOMI WATTS, DE ARMANI PRIVÉ
Outra veterana do cinema e dos red carpets, Naomi Watts não concorria a nenhuma estatueta este ano, mas garantiu seu lugar no topo da lista das mais bem-vestidas do Oscar 2016 com o longo bem cortado que lhe caiu impecavelmente bem, num shape simples que tornou elegante e glamouroso todo o brilho e o bordado ondulado do Armani Privé marinho com nuances de roxo. Uma única joia importante no pescoço, o make clean com também um único foco de atenção na boca com batom vermelho e o cabelo levemente ondulado, polido, com um perfume retrô mas repartido de lado de maneira despretensiosa arrematou a imagem superchique que lhe cai naturalmente.
Jennifer Lawrence, de Dior
Jennifer Lawrence, de Dior
JENNIFER LAWRENCE, DE DIOR
Nude com preto é uma combinação de contrastes geralmente muito feliz, que brinca com o falso efeito de uma transparência total. Jennifer Lawrence acertou nisso em sua escolha e também por ter saído de sua zona de conforto de vestidos bonitos mas sempre mais clássicos, optando por um modelo Dior com recortes que podem causar opiniões divergentes mas trazem ousadia e saem da mesmice.
Olivia Wilde, de Valentino
Olivia Wilde, de Valentino
OLIVIA WILDE, DE VALENTINO
Cru, todo plissado, com top feito a partir de um profundo decote formado por duas faixas de tecido que abriam no ombro num bonito movimento geométrico que fazia equilíbrio com a saia ampla na medida, o vestido Valentino potencializou a beleza de Olivia Wilde e deu imponência de destaque no red carpet.
Rooney Mara, de Givenchy Couture
Rooney Mara, de Givenchy Haute Couture
ROONEY MARA, DE GIVENCHY HAUTE COUTURE
Transparente leitoso e rendado, com gola careca, abotoamento que remetia às camisas e recorte vazado na barriga, o longo Givenchy tinha a dose certa de glamour, exotismo e excentricidade típicos de Tisci e que também são marca registrada da atriz.
Saiorse Ronan, de Calvin Klein Collection
Saoirse Ronan, de Calvin Klein Collection
SAOIRSE RONAN, DE CALVIN KLEIN COLLECTION
Minimalista e com bordados ondulados orgânicos, o vestido da Calvin Klein Collection feito por Francisco Costa especialmente para a atriz é um sucesso no quesito adequação ao tom de pele e cabelo com o tom verde esmeralda, num resultado glamouroso e chique por conta do brilho em tom frio.
Brie Larson, de Gucci
Brie Larson, de Gucci
BRIE LARSON, DE GUCCI
O longo azul criado por Alessandro Michele para Brie Larson reflete bem o novo estilo da Gucci, com cinto decorativo e retrô e babados verticais, criando uma releitura que traz um certo estranhamento e muito glamour numa releitura dos típicos vestidos longos de festa.
Charlotte Rampling, de Armani
Charlotte Rampling, de Armani
CHARLOTTE RAMPLING, DE ARMANI
A estampa geométrica miúda é inusual num vestido de festa e por isso mesmo ousada na medida, num modelo com discreto brilho, manga longa, foco nos ombros levemente estruturados e bordados que lembram dois bolsos na altura do peito. Um mix de tradição e jovialidade bem interpretado por Charlotte Rampling, atriz que deu declarações polêmicas sobre o “Oscar branco” (o fato desta edição não ter sequer um candidato negro entre os atores e atrizes indicados).

Charlize Theron, de Dior
Charlize Theron, de Dior
CHARLIZE THERON, DE DIOR
Decote profundo, saia justa sereia, cauda, vermelho vivo. Poderia e não poderia ser JLO, já que embora faça o estilo sexy “arrasa quarteirão”, o longo Dior traz um mood cool e minimalista, que dá certo justamente porque quem o veste é uma beldade cool como Charlize Theron.
Jennifer Garner, de Atelier Versace
Jennifer Garner, de Atelier Versace
JENNIFER GARNER, DE ATELIER VERSACE
Preto não precisa ser básico ou sinônimo de escolha sem graça. Jennifer Garner acertou na escolha de seu Atelier Versace totalmente hollywoodiano, com tomara-que-caia clássico e mistura de tecido de alfaiataria e cetim de seda, numa alusão ao material do smoking. O jogo de opostos aparece no efeito fosco versus o brilho e na silhueta ajustada versus o volume que começa como uma manga única e vira uma grande saia de um lado só.
Menção honrosa: Jared Leto, de Gucci
mais bem vestidos do oscar 2
Acompanhado pelo diretor criativo da Gucci, Alessandro Michele, Jared Leto merece destaque entre os homens por conseguir sair da mesmice do black tie tradicional e escolher um look que parte do clássico, mas traz detalhes diferentes em todas as peças, do sapato à “gravata”. Super aprovado por aqui.


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Dicas de filmes de Moda no Netflix

1 – Sex And The City 1 e 2

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O filme é sobre Carrie e suas três amigas Samantha, Miranda e Charlotte.
 Carrie Bradshaw é uma jornalista que escreve sobre relacionamentos e ama moda.

2 – Coco Antes de Chanel

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Esse filme retrata a história da estilista,
de sua infância até a construção de seu império na moda.

3 – Bonequinha de Luxo

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 Além de tratar sobre a mulher moderna e ser um marco na história,
Audrey Hepburn marcou com seu look famoso criado por Hubert de Givenchy.

4 – The Director

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O documentário retrata a história de Frida Giannini na direção criativa da Gucci, grife italiana.
Mostra o dia a dia de Frida, e ela nos leva a seu escritório de trabalho com todo processo de desenvolvimento, desde a criação da coleção, à prova de roupa
e maquiagem com modelos. Excelente para quem quer estudar moda.


5 – Os delírios de consumo de Becky Bloom

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Uma comédia romântica em Nova York, conta a história da jornalista Rebecca, uma viciada em compras.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Por que o desfile da Proenza Schouler é um dos melhores da Semana de NY? Leia!




As amarrações baseadas em corset e desmembradas nos looks da Proenza Schouler para o Inverno 2017 ©Reprodução
AS AMARRAÇÕES BASEADAS EM CORSET E DESMEMBRADAS NOS LOOKS DA PROENZA SCHOULER PARA O INVERNO 
2017 ©REPRODUÇÃO

Lazaro Hernandez e Jack McCollough, da Proenza Schouler, não brincam em serviço quando o assunto é manter sua marca entre os top ten da lista do que há de mais atual na moda contemporânea, acompanhando o espírito do que há de mais novo em tendência de desejo de comportamento de moda. Amplidão (conectando-se à onda Vetements, sem perder o foco próprio) versus sensualidade, masculino e feminino, um toque do movimento sem gênero em algumas peças e uma feminilidade sem banalidade conseguida graças a um shape complexo e recursos que são ora artísticos, ora arquitetônicos às roupas, parte do DNA da Proenza Schouler. Os estilistas seguem com a ideia do movimento a partir de ondulações em camadas feitas com babados no Verão 2016, dessa vez com faixas e linhas gráficas inspiradas no trabalho do artista norte-americano Frank Stella para o Inverno 2017, desfilado na noite de quarta (17).

O novo Whitney Museum, inaugurado em maio do ano passado
O NOVO WHITNEY MUSEUM, INAUGURADO EM MAIO DO ANO PASSADO
O desfile aconteceu no novo Whitney Museum, que saiu do aristocrático Upper East Side, onde foi criado em 1966 para expor arte contemporânea norte-americana, e foi para o Downtown de Nova York, aos pés do parque High Line. A marca se vangloria de ter realizado o primeiro desfile de moda no novo endereço de arte que custou US$ 422 milhões, com arquitetura assinada pelo italiano Renzo Piano. A conexão artística foi feita pela inspiração da coleção no artista Frank Stella, que ganhou retrospectiva no museu, com exposição encerrada no dia 7 desse mês.

Frank Stella
As linhas finas geométricas com efeito de movimento na obra Die Fahne ho! (1959), de Frank Stella, e look do Inverno 2017 de Proenza Schouler, que também se inspira nas ondulações das instalações de Stella
AS LINHAS FINAS GEOMÉTRICAS COM EFEITO DE MOVIMENTO NA OBRA DIE FAHNE HO! (1959), DE FRANK STELLA, E LOOK DO INVERNO 2017 DE PROENZA SCHOULER, QUE TAMBÉM SE INSPIRA NAS ONDULAÇÕES DAS INSTALAÇÕES DE STELLA
Uma das principais inspirações da coleção foi o trabalho do artista norte-americano Frank Stella. O grafismo de suas pinturas, as ondulações de suas instalações e a cartela de cores especialmente das obras em preto e branco apareceram no efeito de movimento criado a partir das linhas com textura dos tricôs e das faixas soltas de tecido sobrepostas que chegam a fazer vezes de babados ao se desprenderem e balançarem na parte de baixo das saias ajustadas dos vestidos, ou nas amarrações cruzadas em “x”, que dialogam com a parte mais fetichista do desfile.
Fetiche
O fetiche vindo da amarração de corset reinterpretada na Proenza Schouler, Inverno 2017
O FETICHE VINDO DA AMARRAÇÃO DE CORSET REINTERPRETADA NA PROENZA SCHOULER, INVERNO 2017

A amarração de corset é desmembrada de diversas maneiras e remete ao fetiche de forma conceitual mas também sensual. Ilhoses crescem e viram enfeite no ombro ou criam vazados e mostram a barriga, para logo depois se transformarem em aplicações decorativas em faixas verticais nos casacos e jaquetas. A amarração do corset se desloca para a parte de trás das botas curtinhas de verniz, faz uma faixa com fita cruzada em “x” em cima e embaixo do peito do vestido amarelo ou amarra o tricô azul acinzentado de gola alta, que vai se abrindo com efeito quase rasgado ao longo do corpo.
You see, you buy
Bolsa da prévia do Inverno 2017, vendida no site da marca a partir de hoje, menos de 24 horas depois do desfile
BOLSA DA PRÉVIA DO INVERNO 2017, VENDIDA NO SITE DA MARCA A PARTIR DE HOJE, MENOS DE 24 HORAS DEPOIS DO DESFILE

Uma prévia do Inverno 2017, batizado de Early Edition Collection, começa a ser vendida algumas horas depois do desfile, às dez da manhã do horário de Nova York (13h, horário de Brasília), no site da marca.

Opostos
O feminino e o masculino da Proenza Schouler
O FEMININO E O MASCULINO DA PROENZA SCHOULER
Tricôs justos e femininos, efeito corset fetiche versus masculino com alfaiataria grandona, nas calças amplas com muito pano e no colete grande cruzado, ou nas jaquetas quadradas.
Bolsa curta atravessada
Proenza Schouler, Inverno 2017
PROENZA SCHOULER, INVERNO 2017
Com alça mais curta, a bolsa atravessada na diagonal e usada logo abaixo do peito faz uma mescla com o jeito mais despretensioso de carregar a peça com um efeito cool, quase como se a bolsa fizesse as vezes de um outro acessório para a roupa.

FFW